Introdução
O Filo Porífera reúne animais conhecidos como
poríferos ou esponjas. Esses animais são
atissulares (não
possuem tecidos bem
definidos) e aneuromiários (não tem células nervosas). São exclusivamente aquáticos,
predominantemente talassociclos (marinhos), mas existem
algumas espécies dulcículas (que vivem em água doce).
Os poríferos são
sésseis (vivem
fixos) a rochas
ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem formar colônias de
coloração variadas. Podem ser encontrados desde as regiões mais rasas e quentes
das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros. São animais detritívoros,
ou seja, alimentam-se de restos orgânicos ou de micro-organismos que capturam
filtrando a água que penetra em seu corpo. Por sua vez, estes têm grande importância
ecológica, pois servem de alimento para algumas espécies de animais, como alguns
moluscos, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
Organização Corporal
Inúmeros poros estão presentes no corpo
desses animais, fato que nomeou o filo, porífera, do latim porus:
'poro'; ferre: 'portador’.
A estrutura corporal de uma esponja simples pode ser descrita como um
cilindro oco, fechado na base com uma abertura grande no topo, denominado
ósculo. A água penetra através dos poros que perfuram a cavidade central chamada
átrio ou espongiocele, sendo lentamente excretado pelo ósculo. É o batimento
dos coanócitos (células flageladas típicas das esponjas,
responsáveis pela digestão intracelular, revestimento da cavidade central, atua
na circulação da água, atua na formação dos gametas, entre outras funções) que promovem essa
circulação.
Por serem animais filtradores, filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio, que são
capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então
distribuído para as demais células do animal. Como a digestão ocorre no
interior de células, diz-se que os poríferos apresentam digestão intracelular.
Veja o esquema abaixo:
O corpo das esponjas é revestido externamente por células achatadas e
unidas entre si, chamadas pinacócitos (pinna = em forma de prancha; cito =
célula). Entre os pinacócitos e o átrio localizam-se os porócitos, estes têm um
canal central que atravessa o citoplasma
formando poros por onde a água penetra no corpo
do animal.
Entre os pinacócitos e os coanócitos há o meso-hilo, uma fina matriz
gelatinosa onde se localizam os elementos de sustentação esquelética das
esponjas.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias.
Entre elas destacam-se as espículas de calcário ou de sílica, com
formas variadas, que são produzidos por células especiais, chamadas
escleroblatos. As fibras proteicas esqueléticas são formadas por uma proteína
semelhante ao colágeno, a espongina.
Com relação a estrutura corporal, as esponjas podem ser de três tipos:
asconóides (as mais simples, sem dobraduras em sua parede corporal), siconóides
(apresenta em sua parede corporal canais radiais, revestidos por coanócitos) e
leuconóides (apresentam organização corporal mais complexa, pois há aberturas
que levam a canais aferentes em suas parede corporal, os quais são
transportados em câmaras vibráteis que comunicam-se por canais eferentes da
espongiocele).
Classificação
As espículas determinam a classificação do Filo Porífera, em três classes: classe calcaria (apresentam espículas de carbonato de cálcio, podem ser asconóides, siconóides ou leuconóides), classe hexatinellidae (são as esponjas de sílica, podem ser siconóides ou leuconóides) e a classe desmospongiae (são as fibras que possuem ou não o esqueleto de fibras de espongina com ou sem espículas de sílica. São leuconóides).
Reprodução
A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada.
Assexuada:
• Brotamento: surge um broto no corpo da esponja, que pode se soltar e dar origem à um novo indivíduo.
• Fragmentação: pequenos fragmentos de uma esponja podem dar origem a novos indivíduos, pois as esponjas possuem um grande poder de regeneração.
• Gemulação: ocorre em espécies de água doce. Formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se formam no interior do corpo da esponja. São compostas por células indiferenciadas e protegidas por um envoltório rígido.
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